quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Frase do Momento

“Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão."

Eça de Queiros

E ainda há quem lhes beije o cú.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dar à morte




“O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas pediu que fossem enviadas células de informações militares [CISMIL] para os teatros em que Portugal opera. Esse pedido foi satisfeito?

Essa necessidade foi identificada nos teatros de operações especialmente sensíveis do ponto de vista das informações e vai ser suprida. Dentro da recomposição da força portuguesa no Afeganistão no próximo Outono já está incluída a primeira célula de informações. Sem querer ser precipitado, pensamos que também no Líbano devemos dispor desse tipo de instrumento.”

Augusto Santos Silva, em entrevista ao jornal I (www.ionline.pt)


Este país está podre!
A maioria das “chefias”, não tem qualificações e muito menos qualquer vocação para o cargo que exerce, e bastam uns sorrisos para que “todos” digam ámen. Este é apenas mais um, mais um caso que, para não variar, é político.

Porque razões nomeiam um sociólogo, que provavelmente nem à tropa foi, para preparar a execução da política de Defesa Nacional? Por ter a sua estante cheia de livros de História e Estratégia? Isto é o mesmo que promover um Pastor de cabras do Alentejo a enólogo no Douro.
Quais as razões que levam um Trotskista a aceitar um cargo destes num país da NATO?

Um espião é, por definição, aquele que observa secretamente os movimentos, conversações e actos de terceiro.
Lembrando o ano de 1999, o então ministro da Defesa, Veiga Simão, acabou demitido depois de ter divulgado uma lista de agentes do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e Militares.
Não se tratando de contra-informação, e se o ministro disse realmente o que a noticia alega, deveria ser, no mínimo, demitido de imediato.

Pelo que observo, devia continuar a guardar cabras no Alentejo e, ainda assim, perdia algumas.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Eles comem tudo


Já ando à procura de um cinto há dias e ainda não encontrei nenhum à minha medida. Ou por falta de furos, ou por falta de tecido…e d*ss…€30,00 por um cinto? Seis contos? Haja orçamento…



Orçamento da Assembleia da República para 2010 em síntese:


1. Vencimento de Deputados .................................. 12 milhões 349 mil euros
2. Ajudas de Custo de Deputados ..................... 2 milhões 724 mil euros
3. Transportes de Deputados ................................ 3 milhões 869 mil euros
4. Deslocações e Estadas ......................................... 2 milhões 363 mil euros
5. Assistência Técnica (??) ......................................... 2 milhões 948 mil euros
6. Outros Trabalhos Especializados (??) ........ 3 milhões 593 mil euros
7. Restaurante, Refeitório, Cafetaria ................. 961 mil euros
8. Subvenções aos Grupos Parlamentares ...... 970 mil euros
9. Equipamento de Informática ............................... 2 milhões 110 mil euros
10. Outros Investimentos (??) .................................. 2 milhões 420 mil euros
11. Edifícios ....................................................................... 2 milhões 686 mil euros
12. Transfer’s (??) Diversos (??) ............................. 13 milhões 506 mil euros
13. Subvenção aos Partidos na A.R ................. 16 milhões 977 mil euros
14. Subvenções Campanhas Eleitorais ........... 73 milhões 798 mil euros

TOTAL: 191 milhões 405 mil 356 euros e 61 cêntimos.:



DR n.º28 – I Série – de 10 de Fevereiro de 2010
http://www.dre.pt



Eis um cinto com muitos buracos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Imaginem


Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.
Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação. Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.
Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo. Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos. Imaginem que país seremos se não o fizermos.

Mário Crespo, 04 de Agosto de 2008



Agora que se fala em reduções salariais, um ano e meio depois, este artigo de opinião volta a estar em voga. Estamos numa altura em que os novos visionários profetizam o fim anunciado, e de bolsos cheios vão construindo a sua arca dizendo aos animais, “sacrifica-te que é para o bem de todos”. Quanto a mim, animal mas pouco…

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ano novo vida nova

"Nasces sem pedir e morres sem querer.
Aproveita o intervalo."


Que este ano seja melhor que o anterior e que sejamos senhores do nosso intervalo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Frase do Momento

"Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência."

Ruy Barbosa



É pena andarem por ai muitos individuos que se intitulam comandantes e que disso percebem pouco. Mais culpado é quem os colocou ali.

domingo, 13 de dezembro de 2009

O que fazemos na vida, ecoa na eternidade



Sucesso, reconhecimento, fama, glória… Muitos de nós lutamos por motivos assim. Mas não se constrói um bom nome da noite para o dia.


É preciso trabalhar muito. Ainda que haja tropeços e quedas, é preciso superar os obstáculos. É preciso ter motivação, perseverar, insistir… A vida é uma sucessão de batalhas.


Emprego, família, amigos: todos nós temos um status actual, e temos expectativas em relação ao futuro. No entanto, as reviravoltas do destino surpreendem-nos. Nem sempre dá para se fazer só o que gostamos. Mas aquele que gosta do que faz e sente orgulho em fazer melhor, a cada dia vai mais longe.


Há momentos de calmaria e há momentos agitados, decisivos, em que a boa intenção não basta. É quando a vida nos cobra coragem, arrojo, criatividade e um inabalável espírito de luta. A verdade é que os problemas e os reveses ocorrem com mais frequência do que gostaríamos.


Os tempos mudam. Surgem desafios e novos objectivos. Os guerreiros olham nos olhos do futuro sem medo e sem arrogância, mas com a confiança de quem está pronto para o combate. Viver é também estar preparado as situações difíceis. O modo como encaramos as dificuldades é que faz a diferença.


Às vezes perguntamos: como enfrentar as mudanças radicais que se apresentam diante de nós? Como actuar num novo cenário, onde as coisas que fazíamos tão bem precisam ser reaprendidas? Como lutar sem deixar para trás valores fundamentais? E mais: como saber a medida exacta a ser tomada no momento certo? O incrível é que justamente diante de situações adversas, muitos redescobrem o que têm de melhor. A ética, a amizade, a capacidade de criar novas estratégias fundamentadas na experiência, o talento para promover alianças positivas, o espírito de liderança, a consciência da força que reside no verdadeiro trabalho em equipa.


Tudo isto aflora quando as circunstâncias exigem, quando se sabe que existe um objectivo maior a ser alcançado.


Claro que não é fácil abandonar hábitos, costumes… Não é fácil adaptar-se aos novos meios, ou usar recursos aos quais não estávamos familiarizados. Mas todo o guerreiro sabe que o pessimismo e a insegurança nesses momentos só atrapalham. Ainda que a ameaça venha de vários lados, com agilidade, força e determinação podemos alcançar o resultado. A combinação de energia e inteligência, assim como o equilíbrio entre a razão e a emoção são fundamentais para o sucesso. É uma sensação extremamente agradável chegar ao fim de uma etapa com consciência do dever cumprido. E obter a consagração, o respeito de todos, o reconhecimento dos colegas, a admiração das pessoas que amamos. Ouvir o próprio nome com orgulho. Aquele orgulho de quem viu nos obstáculos a oportunidade de crescer. Orgulho de quem soube enfrentar as turbulências da vida e vencer. Orgulho de ser um vencedor que não abriu mão dos seus valores fundamentais.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Zacatraz



Ainda me lembro do momento em que uma mama foi pela primeira vez à escola dizer à professora que não podia tocar no seu menino. Este foi muito provavelmente o inicio do fim… Acabaram-se as belas reguadas, os bons puxões de orelha, as sempre repentinas galhetas, tudo verdadeiros “abre-olhos”. Coitada da professora que apenas pretendia educar usando ou não todo o seu arsenal bélico de réguas e reguinhas. Claro que o “Chico” a partir daquele momento tornou-se numa verdadeira “peça”. Coitado do menino…

Desde então muito se passou ao ponto de hoje as mamas (não qualquer uma) virem à televisão dizer que o seu menino apanhou “tautau” num dos mais reconhecidos colégios portugueses. Será que o seu menino não é um tenrinho que nunca lhe faltou nada na vida e nunca foi contrariado ou sequer levou umas palmadas no rabo?

Se o seu filho é um “sensível”, porque será que o colocou no Colégio Militar? Porque o seu “status social” a obriga? Porque um bom percurso no Colégio Militar é uma porta aberta para uma carreira de oficial ou mesmo para a sua profissão ideal? Ou será por vivermos no país do “Quem Indica”?

Se mandou o seu filho para um colégio que é militar já devia saber que na tropa há “vários rituais de grande exigência física e psicológica”, e separo desde já, tal como a procuradoria de Lisboa que “faz a distinção entre os castigos com fins educativos, inseridos no poder-dever de educação e correcção… e as situações de crime de maus tratos”.

Se o seu filho é um “sensível”, porque será que não o coloca em escolas onde alunos ameaçam outros com facas, onde são agredidos “porque sim!” e onde são assaltados?

Sabe porquê? Porque muito provavelmente também lhe faltou um par de galhetas ou que, de vez em quando, lhe tivessem dito um NÃO.

E assim são feitos muitos dos homens e mulheres de hoje.

domingo, 1 de novembro de 2009

Festum omnium sanctorum



Hoje celebra-se o dia de todos os santos, dia onde os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã.

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objectivo prestar culto aos mortos. Era um festival do calendário celta da Irlanda, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do verão.
Hoje as pessoas andam loucas. Não há cemitério que não esteja repleto de pessoas, de movimento, de gentinha (que tudo faz menos velar e prestar culto aos seus entes finados), e que apenas estão lá por se tratar de um acontecimento social que todos parecem ser obrigados a ir... Manter as aparências, portanto.

Tudo se discute, a campa mais bonita, as flores do jazigo daquela (“aquelas são de plástico”), a derrota do clube da capital perante o modesto clube da cidade do Vale do Cávado, a roupa deste e daquele, os casos adúlteros e a novela da noite… Não se pratica santidade e a caridade como todos os santos e simula-se o culto hipócrita aos mortos, que é celebrado pela Igreja Católica, no dia 2 de Novembro.

Hipocrisia é não olhar por alguém enquanto está vivo e depois de defunto correr para junto da campa, somente para alegrar as suas vistas e a dos demais.

Hipócritas são as lágrimas vertidas neste dia, enquanto o resto do ano nem uma vela colocam na lápide, nem em pensamento se falam.

Ganha o negócio de flores e velas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Frase do Momento

“Isso é irrelevante, a senhora está acabada politicamente, se é que alguma vez esteve viva politicamente”


Mira Amaral, declarações no rescaldo das eleições sobre a Manuela Ferreira Leite.


Só posso estar de acordo com a afirmação.