Hoje celebra-se o dia de todos os santos, dia onde os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã.
A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objectivo prestar culto aos mortos. Era um festival do calendário celta da Irlanda, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do verão.
Hoje as pessoas andam loucas. Não há cemitério que não esteja repleto de pessoas, de movimento, de gentinha (que tudo faz menos velar e prestar culto aos seus entes finados), e que apenas estão lá por se tratar de um acontecimento social que todos parecem ser obrigados a ir... Manter as aparências, portanto.
Tudo se discute, a campa mais bonita, as flores do jazigo daquela (“aquelas são de plástico”), a derrota do clube da capital perante o modesto clube da cidade do Vale do Cávado, a roupa deste e daquele, os casos adúlteros e a novela da noite… Não se pratica santidade e a caridade como todos os santos e simula-se o culto hipócrita aos mortos, que é celebrado pela Igreja Católica, no dia 2 de Novembro.
Hipocrisia é não olhar por alguém enquanto está vivo e depois de defunto correr para junto da campa, somente para alegrar as suas vistas e a dos demais.
Hipócritas são as lágrimas vertidas neste dia, enquanto o resto do ano nem uma vela colocam na lápide, nem em pensamento se falam.
Ganha o negócio de flores e velas.
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